A eugenia praticada num "paraíso" do bem-estar social Europeu
Asilo na Alemanha converte-se em abrigo para idosos que fogem da Holanda com medo de serem vítimas de eutanásia a pedido da família. São quatro mil casos de eutanásia por ano, sendo um quarto sem aprovação do paciente.
Eutanásia praticada numa unidade de terapia intensiva
O novo asilo na cidade alemã de Bocholt, perto da fronteira com a
Holanda, foi ao encontro do desejo de muitos holandeses temerosos de que
a própria família autorize a antecipação de sua morte. Eles se sentem
seguros na Alemanha, onde a eutanásia tornou-se tabu depois que os
nazistas a praticaram em larga escala, na Segunda Guerra Mundial, contra
deficientes físicos e mentais e outras pessoas que consideravam
indignas de viver.
A Holanda, que foi ocupada pelas tropas nazistas, ao contrário, é
pioneira em medidas liberais inimagináveis na maior parte do mundo, como
a legalização de drogas, prostituição, aborto e eutanásia. O povo
holandês foi o primeiro a ter o direito a morte abreviada e assistida
por médicos. Mas o medo da eutanásia é grande entre muitos holandeses
idosos.
Estudo justifica temores –
Uma análise feita pela Universidade de Göttingen de sete mil casos de
eutanásia praticados na Holanda justifica o medo de idosos de terem a
sua vida abreviada a pedido de familiares. Em 41% destes casos, o desejo
de antecipar a morte do paciente foi da sua família. 14% das vítimas
eram totalmente conscientes e capacitados até para responder por
eventuais crimes na Justiça.
A Corte Européia dos Direitos Humanos negou à britânica Diane Pretty o direito de eutanásia
Os médicos justificaram como motivo principal de 60% dos casos de morte
antecipada a falta de perspectiva de melhora dos pacientes, vindo em
segundo lugar a incapacidade dos familiares de lidar com a situação
(32%). A eutanásia ativa é a causa da morte de quatro mil pessoas por
ano na Holanda.
Margem para interpretação fatal –
A liberalidade da lei holandesa deixa os médicos de mãos livres para
praticar a eutanásia de acordo com a sua própria interpretação do texto
legal, na opinião de Eugen Brysch, presidente do Movimento Alemão
Hospice, que é voltado para assistência a pacientes em fase terminal,
sem possibilidades terapêuticas. Para Brysch soa clara a regra pela qual
um paciente só pode ser morto com ajuda médica se o seu sofrimento for
insuportável e não existir tratamento para o seu caso. Mas na realidade,
segundo ele, esta cláusula dá margem a uma interpretação mais liberal
da lei.
Uma conseqüência imediata das interpretações permitidas foi uma grande
perda de confiança de idosos da Holanda na medicina nacional. Por isso,
eles procuram com maior freqüência médicos alemães, segundo Inge Kunz,
da associação alemã Omega, que também é voltada para assistência a
pacientes terminais e suas respectivas famílias.
A lei determina que a eutanásia só pode ser permitida por uma comissão
constituída por um jurista, um especialista em ética e um médico. Na
falta de um tratamento para melhorar a situação do paciente, o médico é
obrigado a pedir a opinião de um colega. Mas na prática a realidade é
outra, segundo os críticos da eutanásia e o resultado da análise que a
Universidade de Göttingen fez de sete mil casos de morte assistida na
Holanda.
Outro texto minuto do site MSN sobre eutanásia praticada também na Bélgica.
Inclusive tinha uma enquete no site.
Fonte: DW
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