Certas mamadeiras de plástico podem fazer mal à saúde do bebê





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Pesquisas recentes revelam que um tipo de plástico muito usado em mamadeiras pode provocar doenças. Veja as dicas no video.
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 Atenção, mães e pais! Se vocês têm filhos que usam mamadeiras, fiquem de olho nesta reportagem: pesquisas recentes revelam que um tipo de plástico muito usado em mamadeiras pode provocar doenças. Quem explica é a repórter Flávia Cintra.
Quem é mãe sabe: diante de tantas opções, como escolhe a mamadeira do seu filho? “Pela cor, porque é menininho. Eu sempre compro azul”, diz uma jovem. "Eu procuro alguma semelhante com o bico do seio", comenta outra. "Eu gosto de uma que abre em baixo, porque aí eu lavo, coloco para esterilizar", diz mais uma.

Mamadeira de plástico ou de vidro? "Eu compro de plástico", cita outra mãe. "Prefiro mamadeira de vidro", comenta mais uma.

A mamadeira de plástico é motivo de preocupação em vários países. Pesquisas mostram que, em determinadas condições, o plástico pode liberar uma substância prejudicial às crianças. A substância é o bisfenol A, também conhecida como BPA.

No começo do ano, o departamento americano que controla remédios e comidas passou a orientar as famílias a tomarem cuidado com o plástico na preparação da alimentação infantil. Essa notícia pegou muitas mães de surpresa, gerando muitas dúvidas e preocupações.

Quanto mais nova for a mamadeira, maior a quantidade de bisfenol ela desprende? "Sim. Quanto mais nova a mamadeira. Se essa mamadeira for de plástico e conter bisfenol A, certamente quanto mais nova a mamadeira maior quantidade dessa substância”, explica Wong.

Assim como nas mamadeiras, as chupetas fabricadas com BPA ou bisfenol também podem fazer mal à saúde. “Existem sete classificações internacionais para o plástico. O 1 a 6 não têm BPA. O maior risco é grupo 7”, diz Wong. 

                                                Dicas para as mães
Preste atenção: o número 7, que indica presença de bisfenol , normalmente aparece dentro de um triângulo, na parte de baixo de produto. Anote outras dicas importantes: pratos e potes plásticos também podem conter bisfenol A. Por isso, aqueça os alimentos em recipientes de vidro ou cerâmica. Não ferva nem lave a mamadeira com água quente. Basta detergente e água fria.

As indústrias estão proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância no Canadá, Costa Rica e Dinamarca. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório. Nos Estados Unidos, o bisfenol A foi proibido nos estados do Illinois e em Minnesota. Outros estados americanos debatem o assunto.

"Existe sim relação entre o BPA e câncer", afirma Sarah Vogel, doutora em química pela Universidade de Columbia. "Quanto mais jovem, maior o grau de exposição", completa.
As pesquisas sobre os efeitos do bisfenol em seres humanos ainda não são conclusivas e dependem de novos estudos, mas os dois médicos ouvidos pelo Fantástico afirmaram que não há motivo para pânico.

"Eu acredito que não é um motivo de alarme para as pessoas, mas simplesmente uma forma de você ficar atento. Você esquenta num lugar passa para o outro e acabou”, afirma Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP).

“A prática de aquecer o leite em outro frasco, que não seja de plástico, passar para a mamadeira e dar imediatamente para a criança ameniza o problema?”, pergunta uma mãe.

“Sem dúvida. Você deixa esfriar um pouquinho e depois transferir para a mamadeira numa temperatura ambiente, o risco de eluição, a saída do BPA do plástico para o leite ou para o líquido lá dentro, é praticamente zero”, explica Wong.

Uma última dica dos médicos: amamentar no peito é sempre melhor do que qualquer tipo de mamadeira.

"Se possível, até 1 ano de idade. Exatamente porque o leite materno sai diretamente, realmente está isento não só de bisfenol, como de um monte de outros contaminantes. Além de fornecer à criança anticorpos que protegem contra doenças tão graves da infância”, conclui o médico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que, no Brasil, o limite é de 0,6 miligrama de bisfenol para cada quilo de plástico. Em nota enviada ao Fantástico, a Anvisa diz que acompanha a discussão internacional sobre o bisfenol, e que considera seguro para o ser humano o limite vigente no país para essa substância.

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O governo americano diz que não, mas é cada vez maior o número de pesquisas que comprovam que a substância contida nas mamadeiras e em outros utensílios de plástico podem ser perigosas. E você, usa ou não usa?
Fonte da Matéria: Revista Crescer
______________________________________________________________Continua a polêmica sobre o uso de mamadeiras plásticas nos Estados Unidos. O último estudo provocou ainda mais estardalhaço na imprensa internacional. Pesquisadores da faculdade de Saúde Pública de Harvard (Estados Unidos) analisaram por uma semana o nível de bisfenol na urina de 77 participantes que tomaram líquidos em garrafas de plástico. O resultado espanta: o aumento da concentração dessa substância na urina foi alto, chegando a 69%. Para os cientistas a situação seria mais grave quando o plástico é aquecido, ou seja, quando aquecemos a mamadeira e os potes de plástico.

A discussão já chegou ao Brasil, onde o objeto continua liberado. Dar ou não dar mamadeira de plástico? Para os especialistas, não há motivo para se desesperar, mas também não faz mal se precaver. "Se você já deu a mamadeira de plástico para seu filho, não se penalize. Não pense que ele fatalmente terá problemas, afinal, não há comprovações. Mas, se desconfiar do produto e ainda tiver tempo, opte pelo vidro que, inclusive, é mais fácil de limpar", diz Luciano Borges Santiago, vice-presidente do departamento científico de aleitamento materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas, nesses casos, além de não serem práticas, as mamadeiras de vidro podem quebrar.

É SEGURO OU NÃO?

Desde a década de 1990, discute-se se o bisfenol-a, composto químico que dá maleabilidade ao plástico, prejudica mesmo o desenvolvimento infantil. A substância é liberada no alimento quando a mamadeira é aquecida e pesquisas feitas em animais sugerem que ela imita o efeito do hormônio feminino estrogênio.

As consequências no corpo humano, sugerem as pesquisas, podem ser desastrosas: problemas no aparelho reprodutor (entre eles, diminuição da testosterona, aumento dos testículos e puberdade precoce), predisposição para câncer, diabetes e hiperatividade. Por aqui, a Anvisa diz que não há motivos para se preocupar, pois o uso do bisfenol-a, dentro da quantidade estipulada pela lei (0,6 mg/kg), não é perigoso.

O governo americano também acha que não há motivo para tirar as mamadeiras de circulação. Após analisar estudos do FDA (agência que regula produtos alimentícios e farmacêuticos), eles deduziram que a quantidade e o tempo de exposição humana ao bisfenol-a não apresenta riscos. A substância é rapidamente metabolizada nos intestinos e fígado antes de cair na corrente sanguínea, sendo completamente eliminada pela urina.

A unanimidade está longe de acontecer. No Canadá, mamadeiras feitas com a substância estão proibidas. Na Califórnia (EUA), duas grandes redes americanas de lojas (Wal-Mart e Toys "R" Us) analisam seguir o mesmo exemplo. Ao lado deles, estudos como os da Yale School of Medicine (EUA) e da Universidade de Guelph (Canadá) descobriram que o bisfenol-a causa perda de conexão entre as células do cérebro, gerando problemas de memória e aprendizagem.

No Brasil, além da falta de alternativas às mamadeiras de plástico, as informações sobre o material usado nelas são escassas, uma vez que não há necessidade de colocar o nome da substância na embalagem. Para diminuir o contato com o bisfenol-a, você pode:
- Importar mamadeiras sem a substância. Normalmente, o bisfenol-a está presente no plástico número 7 (você vê essa identificação ao fundo do produto). Opte por números inferiores, como 3 ou 5 (normalmente, mais foscos). A de número 5 é feita de polipropileno.
- Não aqueça a mamadeira de plástico nem no microondas nem ao banho-maria. Melhor esquentar primeiro em um recipiente de vidro ou porcelana e, apenas depois, passar para a mamadeira
- Deixe o alimento o mínimo possível dentro do recipiente
- Renda-se ao vidro, mas fique atento enquanto seu filho o manuseia
- O momento da esterilização também pode liberar a substância, mas é necessário para garantir a limpeza da mamadeira. A saída, então, é esperar o recipiente esfriar, lavar em água corrente e, apenas depois, colocar o alimento na mamadeira.

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Fonte: Globo.com  - Postado ByCappa

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